O balanço patrimonial, assim como as demais demonstrações contábeis de encerramento do exercício, tem como principal finalidade avaliar o desempenho econômico e financeiro da empresa ao longo dos últimos 12 meses. Esses relatórios consolidam todas as informações relevantes do período, como fluxo de caixa, demonstrativos obrigatórios, obrigações acessórias e demais registros contábeis, permitindo uma análise criteriosa da gestão e da saúde do negócio.

Esses documentos funcionam como uma base técnica para compreender como a empresa se comportou ao longo do ano, quais decisões trouxeram resultados positivos e onde existem pontos que precisam de ajustes.

A relevância do balanço patrimonial para a gestão

Com o balanço patrimonial e os demonstrativos contábeis finalizados, o gestor consegue identificar se a empresa apresentou crescimento, se há capacidade financeira para novos investimentos, se existem dívidas acumuladas ou a necessidade de regularizar compromissos financeiros. Nesse processo, o papel do contador é indispensável, tanto na elaboração correta das informações quanto no apoio à interpretação dos dados e no planejamento do próximo exercício.

Todos os registros financeiros coletados durante o ano devem estar refletidos nas demonstrações contábeis. Um exemplo é o fluxo de caixa, que reúne todas as entradas e saídas de recursos da empresa. Outro documento essencial é o DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), que evidencia se o período analisado resultou em lucro ou prejuízo.

O balanço patrimonial também integra esse conjunto de informações e apresenta, de forma estruturada, os ativos da empresa, como bens, imóveis, equipamentos, valores em caixa, estoques e maquinários, além dos passivos, que incluem obrigações com fornecedores, impostos, financiamentos, folha de pagamento, empréstimos e demais dívidas, tanto com terceiros quanto com os próprios sócios.

Por que elaborar o balanço patrimonial todos os anos

A principal função do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis é analisar a movimentação financeira e econômica da empresa, destacando seus pontos fortes e fragilidades. Na prática, o balanço funciona como um verdadeiro diagnóstico da empresa, permitindo avaliar se as decisões tomadas ao longo do ano foram adequadas ao negócio.

A partir da análise detalhada das contas, torna-se possível revisar a estratégia financeira e econômica, alinhando-a ao planejamento tributário do ano seguinte. Esse processo contribui para melhorar resultados, corrigir falhas, reduzir riscos e evitar prejuízos ou penalidades fiscais.

Planejamento tributário: o momento ideal para pensar em 2026

O planejamento tributário consiste em um conjunto de ações voltadas a enquadrar a empresa em modelos de tributação mais eficientes e compatíveis com sua realidade operacional. O objetivo é reduzir a carga tributária de forma legal, otimizar o pagamento de impostos e garantir maior previsibilidade financeira.

Com base nesse planejamento, o gestor pode definir soluções mais adequadas ao orçamento da empresa, além de estruturar os próximos passos do negócio. Também entram nesse processo decisões relacionadas ao regime tributário, à organização da jornada de trabalho e ao cumprimento das obrigações previstas na legislação.

De forma prática, o planejamento tributário funciona como um guia estratégico que orienta a empresa ao longo do próximo exercício.

Definição do regime fiscal

Antes de escolher o regime tributário mais adequado, é fundamental compreender o porte da empresa e analisar fatores como o segmento de atuação, o cenário econômico e os planos de expansão. Nesse contexto, o balanço patrimonial exerce papel central, pois revela se a empresa apresenta equilíbrio financeiro e sustentabilidade econômica.

Após essa análise, é possível avaliar em qual regime a empresa pode se enquadrar, entre Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real ou Lucro Arbitrado. Também é nesse momento que se avalia se existe a oportunidade ou a necessidade de migrar para outro regime.

Para garantir conformidade fiscal e segurança nas decisões, o apoio de profissionais especializados e o uso de tecnologia são altamente recomendados.

Em muitos casos, a empresa pode estar pagando mais impostos do que o necessário. No entanto, não existe uma fórmula padrão. Cada situação deve ser analisada de forma individual, sempre com suporte técnico qualificado ou de um escritório de contabilidade.

Entendendo a opção pelo Simples Nacional

As empresas enquadradas no Simples Nacional realizam o recolhimento de tributos por meio de uma única guia, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Esse modelo oferece um sistema simplificado e unificado de tributação.

O DAS engloba impostos e contribuições como IRPJ, CSLL, PIS-PASEP, COFINS, IPI, CPP, ISS e ICMS. Ainda assim, nem todas as empresas podem optar por esse regime, sendo indispensável a realização de estudos e planejamento antes da adesão.

Um dos critérios principais é o limite de faturamento anual, que não pode ultrapassar R$ 4,8 milhões no ano-calendário anterior. Dentro desse limite, a empresa pode se beneficiar de alíquotas reduzidas em comparação aos regimes de Lucro Presumido ou Lucro Real, além de contar com vantagens em processos licitatórios.

Também é necessário observar o sublimite estadual, que estabelece um teto de R$ 3,6 milhões para a apuração do ICMS e do ISS dentro do Simples Nacional. Quando esse limite é ultrapassado, a empresa permanece no Simples em âmbito federal, mas passa a recolher ICMS e ISS pelo regime normal nas esferas estadual e municipal.

Nessas situações, surgem novas obrigações acessórias, como a entrega da EFD (Escrituração Fiscal Digital) por meio do Sped, onde são registrados mensalmente os documentos fiscais e a apuração do ICMS correspondente a cada período.

Fonte: Contábeis

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